sexta-feira, 18 de novembro de 2011


Oh Deus,possa me perdoar,pois chegou a hora de escrever.
Oh Deus possa me perdoar pois eu não sei o que dizer.
Matei o meu idealismo,por viver em um mundo realmente doente
Matei a minha esperança, pois percebi que ela deveria ultrapassar o meu tempo de vida.
Perdoai-me as lagrimas,pois eu vi os santos sufocados pela maldade
Perdoai-me a dor pai,pois eu vi os heróis esmagados pelo dinheiro.

Perdoai-me o desespero,mas eu vi uma geração de jovens conformados apenas com seus aparelhos tecnológicos cheios de aplicativos.

Perdoai-me Senhor,pois eu não vi mais nas pessoas os seus corações.

E perdoai-me novamente, pois eu comecei a escrever sem ter o que dizer.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011




Um gato preto pula em minha janela,me olha nos olhos e diz.
-Oi
-Oi senhor gato,o que procura por essas bandas?perguntei.
-Eu procuro aventuras.Disse o gato.
-Que tipo de aventuras senhor gato? perguntei eu novamente,intrigado.
-Nada não cara,sou só sua imaginação,to indo ta?
Assim foi embora o gato,desconfiado,assustado com meu falatório.

terça-feira, 26 de julho de 2011









``Que a falta dela seja so um suspiro,o primeiro que eu der quando a reencontrar,do qual ira se esvair ate o ultimo pingo de saudades``


Assim eu escrevi a mais hora.


Dessas palavras destilo em poucas linhas alguns versos,que se completam a si mesmos por simplicidade.
Tenho esperanças,de que a sua falta seja apenas um momento.
Que seja o ultimo sufoco.
Que seja o primeiro suspiro do qual se esvai ate a ultima gota de nostalgia.
Naquele exato momento em que eu te reencontrar



Com o tempo eu vou aprendendo o seu jeito.
Falo dos momentos em que você me mostra o seu amor sem receio.
Então mata todo o meu ego.
Vou aprendendo a te mostrar o mesmo,sem disfarces. 

domingo, 24 de julho de 2011





Frio a contragosto.

Me perdoem os hipócritas.
Pois eu devorava coelhos.
Não que fosse por mal.
Mas eu os tinha por comida.
Ignorava o sofrimento dos mesmos.
Me eram apresentados no prato.
Apresentado como ensopado.
Me recordo do manjar.
Não tenho remorso por isso.
Se não tenho sua compreensão.
Me presenteie sua tolerância.
Pois assim como o fazem com vacas.
Assim como o fazem com frangos.
Eu devorava coelhos.




Ficou magoa,ficou dor,ficou um traço do que foi sufocado na areia
Foi uma paixão fugaz que perdurou mais do que devia
Foi um amor sagaz que deixou lembrança fria.

Lembrança de um sorriso quente que acompanha a propiá temperatura
Não me restam mais as boas palavras,sei o que se perdeu.
Tenho como testemunha o silencio.
Eramos tão opostos.
Eramos tão iguais.
E tão distantes e nada mais.

O que me restou para lembrar?
Me restaram teus ideais.
Dos quais,não pude ainda entender.
De onde vem esse vigor.
E abandonar os meus me causa dor.

Hoje não sou amigo das palavras.
Não tenho muito a expressar por meio delas.
Sobrou duvida.
Sobrou deserto.
O que eu tinha aqui agora se foi.
Foi sufocado na areia.
Não volta mais.

quinta-feira, 21 de julho de 2011


Sou apenas um capricho.

Nesta imensidão de rostos e olhares.
Numa busca por singularidade.
E mesmo assim você insiste.
Quer ver aonde vou e o que eu faço.
Precisa entender o que me move.
Eu me agrado e tu percebes.
Fui apenas um capricho
Fui apenas um olhar.
Sou apenas um momento.
Momento de teus pensamentos fugazes.
Você percebe
Só se da valor a agua quando se tem sede.

sábado, 2 de julho de 2011





O sabor de um morango mordiscado
o mistério de uma carta que entrou
O vento que a minha sala renovou
fiquei deitado e interessado
na aventura nova que chegou
O envelope abre a contragosto.
Forcei o mesmo com uma adaga.
Atirei-a ao lado perto da lareira.
Aonde um gato meio acordado me observava.
A carta não a mim se destinava,era, dizia a mesma.
Para um amor.aquele que ainda não chegara.
Mais que iria em mim aplacar com furor.
Era minha para alguém que nunca vi.
Mas que chegaria em horas a minha porta.
Dizia tudo sobre mim para a minha amada.
Mas não foi por mim.Não foi minha mão quem a escreveu.
Aquilo mais mistério despertara,porque eu escreveria para alguém
se em minha propiá solidão eu me fartara,sem deixar espaço para
o amor?
Era de mim para Elenna,nela dizia;Eu te quero,venha a mim na mesma noite
em que eu desvendar este mistério.
Elenna eu dizia,tens os cabelos ruivos como o cobre e os lábios vermelhos como
o sangue,seus olhos verdes ofuscavam,qualquer estrela em meio a noite.
Saber disso me deixou impressionado,vem aqui o amor que eu aguardo e se descreve por meus olhos.
Tua pele branca e suave que te envolve,me faz querer em ti morder
Rastejas pelo chão e te escondes,da fera louca que em mim ah de nascer.
Elenna já batia a porta e meu coração disparava de espanto.
como sem eu nada ter feito,viria a mim tão belo amor?
Abrindo a porta havia um corvo,dizia ele em mal tom
-Elenna por aqui já passou,mas perdeu-a o que muito demorou.
Fiquei louco esperando o grande amor,passou ele pela minha janela,mal o vi.
em meus lamentos estava a minha atenção,se foi assim a bela Elenna
Com o Frio vento que aqui passou.


Não sou um erudito de minha língua.
Não sou entre os homens alardeado.
Não clamam o meu nome quando eu passo.
Sou um homem simples com um sopro.
Me perdoem então os erros que eu cometo.
Se no meio das palavras me lambuzo.
Se de canto, deixo cair melado.
Me perdoem se não sei fazer poesia.
É na prosa que eu me sinto confortável.
Sou homem simples sem riquezas.
Minhas palavras me fazem recompensado.



Que meus sonhos,sejam eles reveladores me mostrando as verdades do mundo
ou lagos de torpor,ludibriando minhas percepções.

Que sejam eles bons,assim espero.pois ao lembrar deles quando acordo,os vejo creíveis e neles me afundo.
Eu quero agora os bons sonhos,pois sendo todos mágicos,que não me apareçam
tão logo neles,as verdades que eu não quero ver.

Vocês podem imaginar a minha confusão,ou vossa propiá confusão,se tendo um pesadelo,descobrir ser ele realidade e precisar enfrentar,sem descanso do travesseiro...
seu mundo de cristal despedaçar.




Não esta conseguindo escrever algo? Deu branco? Me senti assim até certo dia. Então, percebi que eu não sabia criar. Tirar algo do nada, dar vida ao barro e tudo mais.

Mas, quando estava para desistir, percebi que mesmo sem escrever nada eu conseguiria ser eu mesmo. Sem que os outros soubessem, vissem, ouvissem, eu era eu.
Consegui escrever. Escrevi por horas. Por que, senti que não importava o que eu não soubesse ainda fazer Eu sabia desde sempre, prontamente, habilmente, ser eu.

Deixei a tinta e as palavras serem apenas as extensões de meus dedos. Lá saiu. Tudo o que tinha em mim ficou no papel. Aprendi que poesia é ouvir a si mesmo..

sexta-feira, 10 de junho de 2011







Vi uma mulher se exibindo para mim. Ela o fazia como um açougueiro, expondo um pedaço de vitela em um gancho. Você pode me entender.
Mexia o corpo, de forma voluptuosa e usava pouca roupa. Em seu rosto havia uma
expressão de controle, relaxamento e excitação. Ela dizia: "Venha aqui".

Eu sorria e olhava em seus olhos com afinco.
Ela tirou uma peça de roupa, outra e outra. Ate ficar seminua.
Ela disse: "Venha, tenho calor em minha pele para aquecer nos dois".
Eu continuei sorrindo.
Porque escondes teus sentimentos? Porque não me contas a verdade, sobre tudo o que você quiser fazer agora? sobre tudo o que você pensa?

Eu estava realmente me contendo, senhorita, pois entenda, recebi educação por minha senhora genitora. Uma boa mulher.
Me ensinou a guardar certos sentimentos. Ora para não chamar mulheres de vadias, ora para
não vomitar em seus carpetes
.

quarta-feira, 8 de junho de 2011



Tempestade, vem sem aviso e ataca com afinco.
 Fúria e indiferença a dominam.
 Pude sentir seu vento gélido, passando por minha pele umedecida pela chuva, mas não tomei abrigo. 
Não sou assim. 
Não me escondo da mãe, eu prefiro senti-la de forma intensa. 
Conhecer sua personalidade e seus meios de equilíbrio.
 Não me escondo da chuva, não tenho medo do relâmpago, ele é um presente.
 Um espetáculo grandioso de nosso planeta. 
Cada feixe cinco vezes mais quente que o sol, uma luz fria que corta a noite e faz das nuvens escuras abajures.
O frio, acaricia minha pele e é magico, porque eu posso sentir a intensidade da terra. Majestosa e cruel como a vida.
 E então eu consigo sentir o meu lugar.
É um lugar na natureza. 

segunda-feira, 6 de junho de 2011




Percebi a vida não como propriedade defensável,de investimento moderado a longo ou curto prazo,percebi a vida não como riqueza ou como pobreza,percebi a vida sem obrigações ou molezas.

Entendi que a vida não se perde ou se ganha mas se passa,que a vida tem excito de estar mas que se perde em muito tempo a pensar.
Notei que minha vida não era propriedade de direito,quando beneficiando eu mesmo quebrava o alheio...
percebi assim o valor da vida quando pude acertar escolhendo não competir,estando apenas atento para ocupar meu lugar,estava lá a vida por mim a vida para mim,onde terminava a minha começava a outra onde começava a outra eu percebia a minha.
Notei que estava afetando os demais,que vida tem espaço e degladia em harmonia,quis sentir o vento em meu rosto e saber que essa sensação não me prostrava em debito com nada.
Percebi que me apressei em dever as coisas a mim mesmo e minha divida só aumentava com o tempo,escolhi então dever ao tempo e ser feliz.




Tive pânico,por muitos dias,do que estava ali fora,fora das janelas,do lado de fora da porta de minha casa
tive pânico,por que dias antes eu tinha me forçado a contragosto,continuar com manias do passado que eu
percebia me faziam mal,isso me causou culpa,dias de culpa,culpa que me causou uma 
auto-punição,espere,fique 
em casa e não se arrisque,dizia o sub-consciente para mim,tive pânico...em verdade,do futuro que estava construindo e arquitetando,pude mudar todos os erros,posso dizer agora...ainda bem que acabou.


Tenho medo do que eu não disse,tesouros que guardei trancados em meus lábios.Que não compartilhei com quem eu deveria,o quão importante certas coisas foram para mim e todas as boas palavras, que eu não disse
para alguém que precisava ouvir, apenas por ser mais fácil calar. É difícil se abrir,temos o medo de errar por
fazer e no final o único arrependimento serão das coisas que não foram feitas,foram ditas,foram demonstradas.
Sobre aquele amigo duro que na tristeza tu negou a ele um abraço e disse,ele aguenta,isso não é nada.
Ou quando percebemos um erro que foi nosso,antes sendo da outra pessoa,por que nos calamos? nossos
sentimentos por fim tem mais peso e complexidade que palavras, deveríamos inventar novas formas de 
mostra-los.

quarta-feira, 4 de maio de 2011








Tenho aversão mortal da banalidade,de se atribuir pesadamente importância a qualquer coisa que se diz,sustentada pelo ego,como algo inteligente,relevante ou interessante.


Tenho aversão a moda não sendo arte,a luxúria não sendo paixão a paixão não sendo amor.


tenho asco das mentiras como verdades,do desespero como solução e do medo como escape.


Tenho por fim medo de escapar,ao que me agride,sem dizer,opinar,contestar proclamar como coisa vil e hedionda,tenho medo de me cansar,de ser tão intensamente eu.






La estava ela,concentrada e distraída,com o olhar fixo em mim,suas pupilas dilatadas e o rosto baixo,acariciava o meu peito,segurava em meus braços,procurava nos detalhes algum defeito,que interrompesse o transe,eu observava calado,sentindo seus dedos passeando por mim,surpreso por como sua delicadeza me afetara,aqueles olhos azuis me diziam uma unica coisa,que podia ser interpretada como um mini universo.

Eu então senti algo verdadeiro,que a muito procuro,não existia ego naquele lugar,sentia isso,pois em meio a multidão estávamos nos dois,no nosso mundinho.
não deveria me demorar mais,estava tudo perfeito,então a deixei partir,em boa lembrança,guardando para mim aquele momento.
Eu sabia que não esperava vela mais,não importava os dias que viriam,pois aquele dia tinha valido a pena.

sábado, 2 de abril de 2011

    (Cymbidium_Clarisse)




        A Primavera

Querida,assim que eu gosto de te chamar,querida vejo você adormecer ao meu lado,indo de uma boa satisfação ate um descanso doce,penso ate que você vai dormir com os anjos
e quando você acorda,nossa manha tem mais brilho,como se tu trouxesse toda a luz do paraíso para o nosso quarto.
Consigo me surpreender com o teu  sorriso,como se eu estivesse vendo ele pela primeira vez.
você faz isso tão bem que quero te perguntar todos os dias,se você foi mesmo feita para me fazer feliz.
Vejo no brilho dos seus cabelos uma beleza que não consigo encontrar no brilho do ouro.
Confesso,me sinto um pouco embriagado com tudo isso,como aquele dia que estávamos os dois embalados pela força do vinho e deitados na relva,observando as estrelas sem dizer nada,quando meu olhar se deparou nos seus olhos,eu soube que você brilhava para mim,da mesma forma delicada e sutil com a qual brilham as estrelas.
Você da um pouco mais de sentindo a minha vida,porque eu posso sentir,acho que isto é amor.
Olhando em volta,vejo nas coisas um brilho diferente,quase como se eu visse tudo pela primeira vez.
Tenho você agora,ao meu lado,como sendo a estrela que ilumina o meu caminho,perdi o medo de tropeçar.
Senti derreter a frieza do meu peito,como quem sobreviveu a um longo inverno,se então agora estamos vivendo a nossa primavera,quero esperar o verão do seu lado.

sexta-feira, 25 de março de 2011



É aquele momento em sua vida,em que você traçou metas de verdadeiro sucesso,onde você vê uma linha de chegada cheia de louros e glória!
é nesse exato momento,que a vida te cobra as coisas,que te da uma puta pancada na sua cara e nada bate em você mais forte do que a vida.
Então,você pensa em algumas palavras,que formam frases significativas,alguns chamam de intuição,eu chamo de Anjo da guarda,ele vem e te diz assim;

Agora,Você Vai Ter Que Merecer!!!

Para todas as coisas que vão fazer a sua vida ter valido a pena,eu dedico esta nota.

Dexter Andrew Donnelly.

quarta-feira, 23 de março de 2011






















Você entende aquele ar da montanha onde as nuvens se formam?
você entende o azul do ceu ?entende o movimento dos astros?
Você entende o seu lugar?entende o seu tempo?entende seu corpo?

Eu entendo que posso olhar para o ceu e enchergar uma parcela de mim mesmo.
Eu entendo que posso sentir que a vida não é apenas um acumulo de diplomas
não é apenas um acumulo de riquezas, estatus e trofeus.
Eu entendo que o sentido da vida,esta dentro da propia palavra ´´sentido``
vamos mudar o contexto,ok?você tem sentido a vida?ou tem passado por ela?
Não entendo passar pela vida,como ter dado uma esquecida nos estudos ou 
ter se atrapalhado no trabalho,não é isso.

Quero que você entenda a minha pergunta...você já entrou no mar,sem roupas?
Você ja escalou uma montanha,sendo que as vezes você escorregou,pensou ate que iria morrer?
sentiu que você é apto e preparado para correr riscos?é amigos,Mamãe natureza fez isso por nos.

Quando eu subi aquela montanha,eu não encontrei simplesmente ar puro,beleza infinita,infindavel
não encontrei apenas luz,vegetação,animais,vida...encontrei algo muito mais valioso,eu sabia que
naquele momento,não precisava pensar em absolutamente nada,não precisava ter medo,angustia
ou ansiedade,porque naquela hora,eu era absolutamente ´´eu``.

Mas me diga,você sabe do que eu estou falando,bem entenda,quero que relaxe um momento,deixe sua mente 
te levar.
lembra quando você aprendeu a andar de bicicleta?lembra do dia que você pedalou ate a exaustão?
querendo saber qual era o seu limite,em toda nossa vida procuramos saber e entender o sentido da vida.
eu acho isso mágico,você deve procurar mesmo,nas pequenas coisas,eu gosto muito dessa frase...
Qual é o sentido da vida?sentido...sentir...sinta...sinta a vida,essas emoções esse sentir é a propia vida.por isso você esta aqui,para apreciar ao máximo este maravilhoso momento,sendo assim a vida apenas um momento,eu sei,você viveu alguns anos,eu tambem...mas quando você veio a este mundo,sorveu o seu primeiro suspiro,foi a sensação mais forte em toda a sua vida,dor,odor,sabor,tato,audição,visão...tua emoção foi inconmensuravel,você pensou,nossa,ceus,começou essa coisa chamada vida começou!eu estou aqui!

Então reflita um pouco,porque a vida é apenas um momento,quando tu tomar o seu ultimo sorvo de ar,vai ver ela passar diante dos seus olhos,vai ver que ela valeu cada segundo,então amigo ou amiga,faça a sua vida valer cada um desses maravilhosos segundos,você vai entender o que eu disse,porque no momento final a vida é isso,apenas um momento.

domingo, 20 de março de 2011



Eu sou a Justiça,os homens que me criaram,me fizeram cega,arrancaram os meus olhos,para que eu não pudesse ver por mim mesma,pelo que eu sou,a manutenção do que deve ser justo!
Então eu já cega,os que me criaram me deram a balança de  mercador,me instruíram para pesar de um lado as falhas humanas,do outro,o ouro brilhante e decidisse em favor do que tivesse mais peso.
Por fim eles me deram a espada, terrível e afiada,para punir sem piedade o resultado final
um gume é voltado para os homens e o outro para mim,a cada golpe o que eu sou se la-cera.

  Eu sou a justiça,nada do que eu deveria ser.

sábado, 12 de março de 2011




E os seus olhos me cativaram com a frieza das eras
e estilhaçaram a minha alma...
que deslizou pelo meu rosto em forma de diminutas lágrimas
de uma dor suave e singela...
e as primeiras foram frias
e as segundas foram mornas
e tocando suavemente meus lábios,pude por fim sentir
o gosto da melancolia
e o êxtase que me causava tão profundo sofrer
e apaixonei-me não sei mais pelo que,por tal dor
ou pelo seu frio olhar.

e o seu rosto todavia me atormenta
em cada um de seus retratos
me expressando uma beleza unica
que cruelmente faz eu me apaixonar
um vez,após outra,é como o inalar da heroína,
que vai me inebriando...e enlouquecendo.
Tente encontrar seus sonhos
tente encontrar o amor
se esqueça do poeta
mais ele não pode esquecer o gosto
de um olhar doce.
pois ele já esta velho por dentro
assim como dizem,que amar amadurece,e sofrer envelhece
ele muito amou,ele tanto sofreu.
e a sabedoria das eras lê tem  tomado a razão.

e teu intelecto o seu coração
ele não mais respira ou dorme
apenas pensa,apenas lembra.
ele parou o tempo por uma eternidade
para apreciar a sua imagem em pausa.
e quando sua vida esvair-se
ele ainda será paixão
ele ainda será esta dor
que queima a sua existência.


Não é nula a potência desta sensação
tanto é que os deuses viraram suas faces
para ouvir sua poesia...
e se em toda essa paixão que criou o universo
for menor que a do coração do poeta
ele terá seus anseios atendidos.

Por isso ele se acalma e aguarda,sem nada temer
porque amar é a mais fria verdade...
alguns que disso sabem odeiam amar...
assim como odeiam as verdades absolutas.
e as suas diretrizes.

E o amor fez o poeta sentir-se importante
antes ele que nada era,se não menos que um grão de poeira
em meio ao vão das estrelas.

ele ah de usufruir-se em tão profundo êxtase...
que o sentir de uma beleza fria causada por seus olhos
que o gosto das lágrimas que queimam como fogo
para aquecer os olhos que vislumbraram tamanha beleza
que roubou a alma de um jovem,e o tornou velho
no fim.




Serpente Amada


Teu rosto de anjo privou-me da visão de suas presas,que vertiam peçonha em cada veia de meu ser,me enfraquecendo hora a hora
eu me perdia em noites de insônia e dias de fúria reprimida
odiava a ti a teus amigos e ao diabólico jogo de chutar o animal ferido que eu era
eu tive que te morder por quase inúmeras vezes,quando a dor ficava insuportável e mesmo assim lambia-te as feridas com o toque do meu remorso
o que você foi para mim nunca será de novo senti-me como todas as presas a beira da morte,sem escolha e pensar.
e odiei-me por te amar.

quarta-feira, 9 de março de 2011

A inocência.


Vista-me  com a tua inocência pois o meu poder sobre ti me perturba. Você testa a minha honra hora após hora enquanto tento apegar-me a minha decência.
O animal que vive em mim arranha as minhas entranhas afim de devorar a tua carne.
Não posso me afastar pois injusto seria privar-te de meu afeto sincero e dedicado.
Não posso aproximar-me,tenho pavor de minha fera como o fazendeiro teme a erva daninha.Que vem após as chuvas.Fazer definhar os bons frutos.

Como poderia eu amar outra se não tu?que nem és a mais bela,mais teu rosto resplandece e meus elogios te indignam,pensas que minto e ficas corada,
como eu poderia te dizer?como te faria entender?que não é a beleza em si
mais como ela se mostra sutil-mente,afinal como poderia eu amar uma mulher 
fria e seca que apenas expressa orgulho ao mundo,escondendo a tristeza
seria como amar uma estátua de mármore que não tem sabor ou vida.


Estas coisas me atemorizam pois conquistando o seu amor ele seria uma posse
eu me sentiria como a ave de rapina sobre a presa,que dela tudo conhece
mais e tu?o que conheces de mim?além de que por acaso,seria mais vantajoso correr.
como eu consigo abafar meus uivos,esconder as minhas garras?
quando você passa por mim bem perto e posso sentir o odor reconfortante de sua pele
e olhar sua expressão singela e inocente nos seus olhos azuis,esperando algo que
eu não deveria dar-te e que não poderias pedir-me eu vejo o meu dilema 
o dilema de ser o cavalheiro ou a fera.
Apenas sei que o que é aprisionado deseja a cada dia mais e mais a própria liberdade
que o melhor dos homens pode ser sobrepujado por suas tentações.

E que o Senhor me ajude,ou me per-doe se for o caso.

Amén