sábado, 8 de janeiro de 2011

Assim falou meu pai em tempo distante.



Meu filho,em meu leito me despeço e te entrego então o meu reino.
Faça o que houver de melhor para fazer com ele.
Sejas como a tempestade,bondoso como a chuva e vil como o raio.
Faça-te ouvir como trovão e resplandeça como relâmpago.
Caia em gotas frias na face de suas amadas,sendo assim benevolente e distante.

Encontraras nas armas a paz de teu espirito inquieto e penetrante.
Escolha a sua morte,não morrendo como eu na velhice e no esquecimento
encontrai a melhor das batalhas e morrei nela,morrei,valorosamente,para que pises no outro mundo ainda jovem e descansado já que me aguarda um terreno velado.

Seja para os seus irmãos como cajado para apoiar e bater.não lés falte com a palavra,honrai-os e exija o mesmo.
não tens mais para ouvir agora de um velho tolo,se não minhas lamurias e penas,estas entrego eu a Deus e que nenhum padre ladrão e pederasta me profane com o propio orgulho,queima-me com o pinho de meus bosques,como a um Rei antigo.
Adeus.