sexta-feira, 10 de junho de 2011







Vi uma mulher se exibindo para mim. Ela o fazia como um açougueiro, expondo um pedaço de vitela em um gancho. Você pode me entender.
Mexia o corpo, de forma voluptuosa e usava pouca roupa. Em seu rosto havia uma
expressão de controle, relaxamento e excitação. Ela dizia: "Venha aqui".

Eu sorria e olhava em seus olhos com afinco.
Ela tirou uma peça de roupa, outra e outra. Ate ficar seminua.
Ela disse: "Venha, tenho calor em minha pele para aquecer nos dois".
Eu continuei sorrindo.
Porque escondes teus sentimentos? Porque não me contas a verdade, sobre tudo o que você quiser fazer agora? sobre tudo o que você pensa?

Eu estava realmente me contendo, senhorita, pois entenda, recebi educação por minha senhora genitora. Uma boa mulher.
Me ensinou a guardar certos sentimentos. Ora para não chamar mulheres de vadias, ora para
não vomitar em seus carpetes
.

quarta-feira, 8 de junho de 2011



Tempestade, vem sem aviso e ataca com afinco.
 Fúria e indiferença a dominam.
 Pude sentir seu vento gélido, passando por minha pele umedecida pela chuva, mas não tomei abrigo. 
Não sou assim. 
Não me escondo da mãe, eu prefiro senti-la de forma intensa. 
Conhecer sua personalidade e seus meios de equilíbrio.
 Não me escondo da chuva, não tenho medo do relâmpago, ele é um presente.
 Um espetáculo grandioso de nosso planeta. 
Cada feixe cinco vezes mais quente que o sol, uma luz fria que corta a noite e faz das nuvens escuras abajures.
O frio, acaricia minha pele e é magico, porque eu posso sentir a intensidade da terra. Majestosa e cruel como a vida.
 E então eu consigo sentir o meu lugar.
É um lugar na natureza. 

segunda-feira, 6 de junho de 2011




Percebi a vida não como propriedade defensável,de investimento moderado a longo ou curto prazo,percebi a vida não como riqueza ou como pobreza,percebi a vida sem obrigações ou molezas.

Entendi que a vida não se perde ou se ganha mas se passa,que a vida tem excito de estar mas que se perde em muito tempo a pensar.
Notei que minha vida não era propriedade de direito,quando beneficiando eu mesmo quebrava o alheio...
percebi assim o valor da vida quando pude acertar escolhendo não competir,estando apenas atento para ocupar meu lugar,estava lá a vida por mim a vida para mim,onde terminava a minha começava a outra onde começava a outra eu percebia a minha.
Notei que estava afetando os demais,que vida tem espaço e degladia em harmonia,quis sentir o vento em meu rosto e saber que essa sensação não me prostrava em debito com nada.
Percebi que me apressei em dever as coisas a mim mesmo e minha divida só aumentava com o tempo,escolhi então dever ao tempo e ser feliz.




Tive pânico,por muitos dias,do que estava ali fora,fora das janelas,do lado de fora da porta de minha casa
tive pânico,por que dias antes eu tinha me forçado a contragosto,continuar com manias do passado que eu
percebia me faziam mal,isso me causou culpa,dias de culpa,culpa que me causou uma 
auto-punição,espere,fique 
em casa e não se arrisque,dizia o sub-consciente para mim,tive pânico...em verdade,do futuro que estava construindo e arquitetando,pude mudar todos os erros,posso dizer agora...ainda bem que acabou.


Tenho medo do que eu não disse,tesouros que guardei trancados em meus lábios.Que não compartilhei com quem eu deveria,o quão importante certas coisas foram para mim e todas as boas palavras, que eu não disse
para alguém que precisava ouvir, apenas por ser mais fácil calar. É difícil se abrir,temos o medo de errar por
fazer e no final o único arrependimento serão das coisas que não foram feitas,foram ditas,foram demonstradas.
Sobre aquele amigo duro que na tristeza tu negou a ele um abraço e disse,ele aguenta,isso não é nada.
Ou quando percebemos um erro que foi nosso,antes sendo da outra pessoa,por que nos calamos? nossos
sentimentos por fim tem mais peso e complexidade que palavras, deveríamos inventar novas formas de 
mostra-los.